HISTÓRIA DO (MEU) TEMPO
Tenho de falar do tempo…
por isso coloquei um relógio
na mesa, e começo este poema
a passo de caracol…
porque o ponteiro das horas assim anda!...
Passo aos minutos do tempo
a passo de girafa,… e os
segundos voam como os pardais!
Tempo,
que tempo tenho para falar?
vou resolver este assunto com
o meu cronómetro!..
Pronto,
Assim está melhor!...
Tempo,
queixas do tempo?... tenho imensas!
Se chove… é uma chatice
fico zangada, acima de tudo, molhada!
Se não chove… chatice é!
É uma seca, como esta que está instalada!
Seca…
tanto do tempo, como do poema!
Tempo,
eu recordo (alguns) momentos…
os bons momentos que vivi do tempo
mas hoje, o tempo vive-me,
é uma estranha vivência!...
Porque todos nos queixamos do tempo?... mas,
e se perguntássemos ao tempo
que queixas tem de nós?..
Ele sorria e dizia:
-Desculpem, não posso perder tempo!... -
Alguém entende o que fazer,
sem tempo?...
Eu acabo este poema…
a passo de caracol…
esgotei o tempo,
lentamente, arrastando e brincando com as palavras!
Por isso,
do Tempo só digo:
« Um espaço que atravesso desde que fui parida,
até ao momento que der aquele célebre… “Ai”
me fechem os olhos… e pense: Morri!
Depois oiça aquela bela frase que estamos tão habituados:
«-Tão boa senhora, enquanto esteve no tempo!...»
Aí sorrirei…
porque somente lhes deixarei,
este meu pó feito cinza do tempo
que aqui vivi!
Este foi o tempo,
o tempo que vos ocupei na leitura da
“História do (meu) tempo" !
©{{coral}}
... sempre a escrevinhar…
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