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Palavras da coral

"Um mar de palavras de onde sairá uma tela colorida." "O mar é a minha inspiração, é o meu refúgio nas boas e más horas, descansa-me… e recolhe-me! O mar será sempre a minha casa… e

30
Jul06

PINTORA DE PAPEL

{{coral}}

 

Sou uma pintora de papel
pinto-o de palavras...
que atiro em tons de fogo
quando falo do Amor!...
Sou uma pintora de papel
colorindo-o de azul...
quando descrevo o mar...,
o mar que canto, e me conhece desde... sempre!
Sou uma pintora de papel
de palavras com carinho,
e aí pinto-as de cor de rosa...
tirando os seus espinhos!...
Sou uma pintora de papel
pintando algumas palavras de verde
com colagens de veludos, e riachos...
lembrando o que deixas em mim!...
Sou mesmo uma pintora de papel.
Sou mesmo uma pintora de papel...
conjugando as palavras com
amor, carinho, sentimento, sofrimento...
e também as desilusões!...
Sou uma pintora de papel
daquela que ama as palavras... 
sou sofredora, e atenta!...
Sou mesmo uma pintora de papel
porque nasceu comigo...
esta forma de me expor..
nas telas que vou pintando...
por aí, e por além...
Sou uma pintora de papel!...


©{{coral}}
... Dando cor à poesia...
Em Elos da Poesia I
Colectânea de Poemas de Autores de Língua
Portuguesa 2005

26
Jul06

CAMINHO A LUGAR NENHUM!

{{coral}}

 

O meu caminho a lugar nenhum
silencioso acordo de alma ausente
esvoaça sobre a vida
de uma pequena gaivota!
Silêncios penetrantes na voz
que ocupa a mente voraz
do meu corpo retalhado!
Caminhos feitos a lugar nenhum
onde as mãos suaram
os mares choraram, e
os corpos morreram!
Gaivotas ausentam-se do voar…
paralisadas no planar, no céu
coberto de nada,
com transpirados sinais
nas pausas da penumbra!
Persigo o meu caminho feito a lugar nenhum
onde os barcos são sombras de calcário
com respiração esgotada
nos ramos caídos em solidão!
Silenciosos acordos faço
de alma ausente!


©{{coral}}
Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

23
Jul06

AS PROCISSÕES DAS NOSSAS ALDEIAS…

{{coral}}

As procissões das nossas aldeias…
fez-me recordar…
A chegada dos nossos emigrantes,
o abraço intenso às famílias
que os esperam ansiosos.
Os casamentos que são marcados para
o mês de Agosto… onde se reúnem para
matar as saudades.
Este poema que deixo hoje na página
é o reviver um grande declamador que foi
João Villaret .....................

Tocam os sinos


Tocam os sinos da torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
.
Mesmo na frente, marchando a compasso,
De fardas novas, vem o solidó.
Quando o regente lhe acena com o braço,
Logo o trombone faz popó, popó.
.
Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.
.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
.
Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos bigodes e tais sobrancelhas!
.
Ai, que bonitos que vão os anjinhos!
Com que cuidado os vestiram em casa!
Um deles leva a coroa de espinhos.
E o mais pequeno perdeu uma asa!
.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
.
Pelas janelas, as mães e as filhas,
As colchas ricas, formando troféu.
E os lindos rostos, por trás das mantilhas,
Parecem anjos que vieram do Céu!
.
Com o calor, o Prior aflito.
E o povo ajoelha ao passar o andor.
Não há na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!
.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Já passou a procissão.


Escrito por António Lopes Ribeiro
Declamação de João Villaret

 

22
Jul06

REPOUSAM MINHAS MÃOS!

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Repousam minhas mãos
no colo do verão,
com palavras mastigadas, quentes,
doces e gastas pelo tempo!
A primavera foi palavra fresca
onde se fizeram os ninhos nos beirais,
nasceram as novas andorinhas,
cobertas de perfumes, asitas frágeis,
bicos ansiosos de aprender!
Repousam minhas mãos
no colo do verão,
esperando o renascer nas origens
frescas da aldeia, os caminhos
feitos de palavras beirãs, mimoso
rio Alva ao final da tarde!
O jardim com suas árvores seculares
onde os bancos são pintados de verde,
aguardam as páginas de meus escritos
ao entardecer!
As minhas mãos repousam no colo
deste quente verão!



©{{coral}}
Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

20
Jul06

PERMITO-ME… NO VAZIO!

{{coral}}

 

Permito-me no vazio…
das vozes, da sonolência,
do abstracto, da vida!
O sonho permite-se no vazio
da falta de cor, da luminosidade,
e do calor!
A inocência incrédula no vazio
permite-me cair da noite, dos
fantasmas que voam
sobre as cabeças confusas!
Permito-me no vazio…
da eutanásia mórbida,
do suor enlutado
pela ausência do corpo!
Permito-me acordar…
sentir-me só,  querer
ser cinza na solidão, e
atirada ao mar!


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Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

18
Jul06

ÉS PEREGRINO DE TI!

{{coral}}

 

És peregrino da vida…
à procura de noites
menos escuras!
És peregrino da vida…
buscando luz em
caminhos pouco transparentes!
És peregrino da vida…
chorando no silêncio
os teus sorrisos mortos!
És peregrino da vida…
despido de dias
iluminados de sol!
És peregrino da vida…
procurando em vão
a chamada da alma!
És peregrino da vida…
que chamas de tua
mas que outros vivem!
És peregrino da vida…
do vazio da vida…
És peregrino de ti!


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Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

15
Jul06

VEM PARTILHAR COMIGO!

{{coral}}

 

Vem partilhar comigo…
a noite quente do vulcão,
deixa-me queimar as mãos
na sua lava!
Vem partilhar comigo…
a praia distante da ilha
onde o mar é de prata,
e a lua sorri, enquanto o sol adormece!
Vem partilhar comigo…
o fruto agreste do amor,
onde os espinhos brincam
nas rosas carmim que pousam nos corpos!
Vem partilhar comigo…
a dança dos corpos,
as palavras de linho com mãos suadas
nas janelas da vida!


©{{coral}}
Reservados os direitos de autor
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12
Jul06

DESFAÇO LAÇOS...

{{coral}}

 

Desfaço os laços…
Desligo a alma da paisagem
Morrem melodias nos meus olhos!
Desfaço os laços…
Amordaço o corpo
Encobrindo as sílabas
Matando os substantivos e verbos
Na paisagem do infinito!
Desfaço os laços…
Passagem de algodões puros
De linhos multicores!
Desfaço os laços…
Sorrio das pétalas carmim
Que jazem entre os poetas!

©{{coral}}
Reservados os direitos de autor
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11
Jul06

ESQUINAS DA VIDA!

{{coral}}

 

Esquinas da vida,
esquinas suadas,
sonoras, fingidas,
blasfémicas, risonhas,
caídas e tão vivas!
Esquinas da vida
transparentes figuras
deambulam por elas
esperando um aceno, um abraço,
ou algo perdido na noite!
Esquinas da vida,
alguém dobra a esquina
que se finge esquecida,
mas revive na chama
que soprada se ateia
por uma noite perdida!
Esquinas da vida,
beatas amachucadas, deslavadas,
caminhantes, tão incertas e puras,
sujam a calçada, suspiram… e
caem mortas!
São as esquinas da vida…




©{{coral}}
10/07/2006
Reservados os direitos de autor
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07
Jul06

NAVEGUEI...

{{coral}}

 

Naveguei no mar do pensamento, e
sinto que:
Sou fio de linho
que passaja tua pele.
Sou abelha primaveril
que larga seu ferrão.
Sou ave chilreando
que recolhe em teu beiral.
Sou solstício de Verão
com brilho da tentação.
Sou gota de mar
esperando a junção do rio.
Mulher da tua navegação,
caminhante da tua sombra.
Naveguei no mar do pensamento, e
concluo que:
Sou viajante do tempo…
feito de compassos, alguns descompassados,
nascida fora do tempo que me está destinado.
Sou viajante do tempo…
nascida e navegando neste mar!

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