Palavras da coral

É nas palavras que disponho...
as mãos silenciosas, calmas,
e tão agrestes que dobram as noites frias!
Navego em palavras inóspitas
vindas de dentro do corpo cansado,
amargos crescentes de boca que não
calarei a qualquer ordem!
Nas palavras navego o corpo, e a alma,
silenciando em torno do tempo que espero
amanhã enfeitado de brilhos líricos na paz,
e sem tirar os olhos do mar!
Evito que o pensamento me revolte, faça
discursos vagos e vazios no conteúdo!
É nas palavras que disponho...
tudo quanto a minha alma sente!
As palavras são ricas e imensas de sentimentos
que hoje me adormece… o corpo!

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