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Palavras da coral

"Um mar de palavras de onde sairá uma tela colorida." "O mar é a minha inspiração, é o meu refúgio nas boas e más horas, descansa-me… e recolhe-me! O mar será sempre a minha casa… e

28
Nov06

AQUELA PORTA...

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Deparo com a réstea de luz,
que chega daquela porta entreaberta!
Subo a escadaria à descoberta...
que porta é esta?..
Fechei os olhos e imaginei...
de quem seria a casa?
onde pertencia aquela porta?
seria bom, seria mau?
não sei, mas tentei saber!
A escadaria de mármore
marcava a imponência..
seria um solar? seria a porta do céu?
Deparei com um olhar lindo,
de uma menina sentada,
que olhava a janela...
Perguntei-lhe quem era...
Resposta pronta: Não sei!
Andava à procura de uma porta...
porque tinha que escrever
sobre o tema, e
vim parar a esta sala!...
Sentei-me nesta cadeira
peguei no papel, e no lápis
olhei a porta que deixei
Entreaberta...
Olhei a janela, e fiquei fascinada!
«Estava no céu»!
Agora não sei como falarei do tema...
porque não me apetece
sair deste ambiente...
onde reina a Paz!
Sorri à menina,  
dei-lhe um beijo na testa, e
disse-lhe: Não te aflijas,
eu levarei a tua mensagem,
porque vou escrever sobre esta porta
que me trouxe à tua réstea de luz,
que ficará marcada nas nossas vidas!


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... escrevinhando…
Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

18
Nov06

SUAVEMENTE...

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Suavemente deslizo
no teu corpo...
unindo-nos o suor,
o sentimento, a sofreguidão!
Suavemente deslizo,
beijando a luz que vem dos teus olhos!
Suavemente ficas rendido...
aos meus beijos,
às minhas mãos,
ao meu corpo!
Suavemente a nossa carência
está patente...
na necessidade de amor,
do encanto, da busca, e das ausências!
Suavemente as nossas mãos unem-se,
deslizando na frescura dos lençóis,
em compassos de sentimentos, de música e,
em êxtase!
Suavemente deslizamos em nós
porque nos necessitamos!
Suavemente deslizamos... e sentimos o nosso Amor!



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Reservados os direitos de autor
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14
Nov06

COLA-ME Á TUA PELE...

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Cola-me à tua pele
veste-te de mim...
serei tua, ao de leve
por entre os ecos...
dos teus gritantes... silêncios...,e
do teu amor sem fim!..
Cola-me à tua pele
veste-te de mim...
sente o veludo imenso da
nossa pele...
que se une em espasmos de amor!...
Cola-me à tua pele
veste-te de mim...
desliza no linho feito em nós,
na pureza, e na frescura do mar
que nos abraça sempre... fervente!...
Cola-me à tua pele
veste-te de mim...
fixa  meus castanhos olhos,
que brilham escaldantes,
no verde, de que se vestem os teus!...
Cola-me à tua pele
veste-te de mim...
eu caminho nua por aí...
esperando vestir-me de ti!...
Não me deixes morrer... fria
sem teu corpo... estar em  mim!...
Cola-me a ti,  e veste-me da tua pele!...



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... escrevinhando…
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11
Nov06

SOLETRO...

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Soletro cada letra
do teu corpo,
criando as vogais,
nos teus olhos,
consoantes, nos teus braços,
transpirando os verbos na tua boca.
Banho os nossos corpos em substantivos!...
Soletro cada letra
do teu corpo,
recebendo da tua língua o sabor
da minha inspiração, e nosso suor
para compor as palavras!..
Adormeço...
soletrando o teu corpo
poro a poro,
esperando belas expressões,
rendida, extasiada em nós!...



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... escrevinhando…
Reservados os direitos de autor
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08
Nov06

Quando as palavras se desejam...

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És o Sol. És o Vento. Eu sou a bruma.
Pedes um poema escrito sobre a pele...
Peço-te o corpo, e
com os meus lábios desenho-te as palavras,
o mar, o vento, e a bruma.
Teu corpo ainda não está tatuado, mas
as carícias crescem...
conheço-te as mãos, a voz, o sorriso,
a serenidade!..
Peço-te o corpo...
percorro-o devagar, muito devagar...
desenho-lhe o sol, a lua, o mar, o vento...
misturo a luz do teu verde olhar, e
pinto-lhe palavras quentes, brilhantes.
Peço-te que abras os olhos,
porque deixo escrito o poema sobre a tua pele!
És o Sol. És o Vento.
Eu sou a maresia!


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... escrevinhando…
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05
Nov06

A TARDE ACONTECE…

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A tarde acontece…
Os barcos passam impunes
à assistência.
O mar violento, contrasta
com a serenidade em que me encontro.
A tarde acontece…
Na escadaria gasta, na espera
de passos que se não dão.
A tarde acontece…
mergulhada na cinza das nuvens.
Existem palavras molhadas
que se esgotam, caídas
na serenidade do caminho.
Esta tarde acontece…
em partículas salgadas
que beijam minha face.
Calo a dor.
Sorrio às cicatrizes feitas.
Entrego ao vento
os vincos registados
nos nossos corpos.
Serenamente…
reúno os momentos discretos,
ou exaltados deste amor.
Guardo a felicidade,
nos sorrisos molhados.
Adormeço… lembrando...
a saudade de sermos felizes!

 


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... escrevinhando…
Reservados os direitos de autor
Textos e poemas registados na SPA

 

02
Nov06

AS PALAVRAS

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Palavras permanecem
dispersas por montes, vales,
e rios.
Palavras escondem-se
por entre os mares do silêncio.
Procuro palavras,
húmidas,
férteis,
quentes,
calorosas!
Procuro palavras,
que permaneçam
com lembranças de voz,
murmúrios de corpos
que se entregam
no silêncio (barulhento) do amor!
Procuro palavras,
que não caíam em espaço perdido.
Palavras, palavras, palavras…
Deixa-me permanecer nas tuas palavras!

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... sempre a escrevinhar…
Reservados os direitos de autor
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