REPOUSAM MINHAS MÃOS!
Repousam minhas mãos
no colo do verão,
com palavras mastigadas, quentes,
doces e gastas pelo tempo!
A primavera foi palavra fresca
onde se fizeram os ninhos nos beirais,
nasceram as novas andorinhas,
cobertas de perfumes, asitas frágeis,
bicos ansiosos de aprender!
Repousam minhas mãos
no colo do verão,
esperando o renascer nas origens
frescas da aldeia, os caminhos
feitos de palavras beirãs, mimoso
rio Alva ao final da tarde!
O jardim com suas árvores seculares
onde os bancos são pintados de verde,
aguardam as páginas de meus escritos
ao entardecer!
As minhas mãos repousam no colo
deste quente verão!
©{{coral}}
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